sábado, 18 de maio de 2013

Eu coloquei meus braços em torno do pescoço dela e me arrastei para mais perto, até meus lábios tocarem nos dela. Ela me envolveu nos seus braços, apertando-me contra o peito. Nossos lábios se moviam juntos, sincronizados, fundindo-se como se nunca fossem se dividir. E derrepente eu senti o gosto salgado das minhas lagrimas, ela também percebeu. Algo começou a mudar. Ao invés dela dizer algo, ela me apertou mais ainda, aquilo era mais confortante, mas também, muito mais doloroso, meu coração estava sendo espancado. Como eu pude ser tão idiota ?
Eu sempre fazia tudo errado, e ela continuava ali, sem se cansar de mim, da gente, ela pedia desculpa mesmo quando era eu a errada, e era justamente isso que fazia meu coração arder. Culpa, arrependimento, remorso.
Quando eu sentia seu corpo, parecia um incêndio, era profundo e lento. Ela sempre fazia minha frieza ir embora. Eu chorava como criança, os soluços interrompia o beijo, mas ela logo me tomava de novo. Ela moveu seus lábios para meus olhos, tentando acalma-los.
- Você é inda chorando, mas não chore, por favor..
Era tarde demais.
- Ei, não chore amor. Não chore. Você vai ficar comigo. Eu vou estar aqui te esperando, me escute..
- Eu sei que não.. 

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